O PSD defendeu hoje “imigração regulada e controlada” que permita um acolhimento “com segurança e dignidade” e criticou as “políticas atabalhoadas” do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que é também candidato à liderança do PS.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, a vice-presidente da bancada do PS, Andreia Neto, começou por repetir a frase dita pelo presidente do partido, Luís Montenegro, no Congresso do passado sábado.
“Portugal não é uns país de portas fechadas, mas também não é um país de portas escancaradas”, afirmou.
Segundo a dirigente, os sociais-democratas “estão à procura e apontam para um equilíbrio entre uma política de imigração controlada e regulada” para que seja possível fazer “um acolhimento apostado na segurança e na dignidade da pessoa humana” dos imigrantes em Portugal.
Esta declaração surgiu na sequência “das preocupações do partido” nesta área, reforçadas por uma notícia do semanário Sol, que dá conta de um inquérito de opinião segundo o qual mais de metade dos portugueses acham que a imigração está fora do controlo.
“Denunciamos a política atabalhoada do ainda ministro da Administração Interna José Luís Carneiro, que apresentou uma extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que criou também uma enorme insegurança e preocupação dos profissionais e dos portugueses”, afirmou Andreia Neto, considerando que esta política está a dar “infelizmente como frutos” os resultados registados no inquérito.
Questionada, por várias vezes, se o PSD irá defender o regresso das quotas na entrada de imigrantes, Andreia Neto remeteu para a divulgação “a seu tempo” do programa eleitoral do PSD, mas repetiu ser necessário “um equilíbrio que não pode ser nem de portas fechadas nem de portas escancaradas”.
Devido à dissolução da Assembleia da República prevista para meados de janeiro, o PSD não irá apresentar novas iniciativas legislativas nesta matéria, com a deputada a recordar que o partido já centrou um debate parlamentar nesta matéria, em janeiro deste ano, em que apresentou um projeto para criar um programa nacional para atrair imigrantes e a Agência Portuguesa para as Migrações, então rejeitado com votos contra de PS, Chega e BE.