Hugo Soares devolveu hoje as críticas feitas por vários partidos à declaração do primeiro-ministro na quarta-feira à noite e considerou “chocante” que a oposição “desvalorize o tema da segurança”.

“Ouvi caracterizarem a declaração que o senhor primeiro-ministro fez ao país como caricato e como ridículo. Queria dizer às portuguesas e aos portugueses que lamento profundamente que a oposição, quando não tem mais nada para dizer que seja substantivo, ou seja, aquilo que verdadeiramente importa, aquilo que muda a vida de cada uma e de cada um dos portugueses, se fique por generalidades”, criticou o líder parlamentar do PSD.

Devolvendo críticas de PS, Chega e Bloco de Esquerda, Hugo Soares considerou que “acusar de ridículo, acusar de caricato uma declaração ao país que tem como principal objetivo transmitir segurança aos cidadãos portugueses é, manifestamente, isso sim, caricato e ridículo”.

Hugo Soares questionou “como é que é possível um coro de críticas da oposição” às declarações de Luís Montenegro por dar “conta ao país, como é sua obrigação, de uma reunião que teve de trabalho com os representantes do Sistema de Segurança Interna, com as forças e serviços de segurança, com as ministras que tutelam a área da segurança”.

“Ao contrário do que dizem, é mesmo uma obrigação do senhor primeiro-ministro transmitir ao país o que o Governo está a fazer, como é que o Governo pretende resolver o problema concreto da vida das pessoas e, acima de tudo, dizer ao país que está a governar para melhorar a vida de cada uma e de cada um”, sustentou.

O líder parlamentar do PSD considerou “chocante que os partidos da oposição possam desvalorizar o tema da segurança em Portugal”.

Na quarta-feira, numa declaração pouco depois das 20:00, o primeiro-ministro anunciou que o Governo vai aprovar na quinta-feira em Conselho de Ministros uma autorização de despesa de mais de 20 milhões de euros para a aquisição de mais de 600 veículos para PSP e GNR.

“Tenho reiteradamente dito que Portugal é um país seguro, é mesmo um dos países mais seguros do mundo, mas este contexto tem de ser trabalhado e alcançado todos os dias”, defendeu Luís Montenegro.