Cada vez mais frequentes e radicais, as iniciativas dos ativistas climáticos têm tido palco mediático como nunca, mas a falta de “conta, peso e medida” de algumas ações tem gerado revolta da população e levado até partidos ecologistas a distanciarem-se. O ambientalista Francisco Ferreira não tem dúvidas: não só “os fins não justificam alguns meios” como até são contraproducentes.
Para o presidente da associação Zero, ataques contra membros do governo (da autoria da Greve Climática Estudantil) ou interrupções prolongadas de trânsito nas principais artérias da capital (da autoria da Climáximo) são “excessivos” e, em vez de unirem a sociedade em torno da emergência climática, tendem a afastá-la.
O ambientalista percebe que as ações resultem da “frustração” de não se verem resultados, mas alerta também que este ativismo mais radical leva a que apenas a forma dos protestos tenha visibilidade, acabando as razões subjacentes – “quase todas elas bastante claras” – a ficarem para trás. “As mensagens têm sido muito genéricas quando valia a pena explorá-las”, comenta Francisco Ferreira, referindo-se sobretudo à necessidade de se apostar numa rede ferroviária “funcional” e na diminuição do tráfego rodoviário.
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