O protesto de polícias da PSP por melhores condições salariais e de trabalho prossegue esta terça-feira, após centenas de agentes se terem concentrado na segunda-feira frente ao parlamento e à Câmara do Porto e de comandos terem parado as viaturas.

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Paulo Santos, disse à Lusa que às 2h00 de hoje se mantinham algumas dezenas de elementos concentrados na cidade do Porto, em frente à câmara municipal, onde chegaram a estar mais de 300 pessoas.

O responsável lembrou que “o protesto é espontâneo”, não tendo sido organizado por qualquer sindicato, e disse ter havido uma mobilização de dezenas de comandos para este protesto, que levou ainda à paragem de dezenas de viaturas em vários comandos.

Segundo disse, houve uma mobilização para este protesto de comandos como Braga, Faro e até Açores e que elementos de locais como Caldas da Rainha, Leiria e Castelo Branco se juntaram à concentração junto à Assembleia da República, em Lisboa, onde pelas 08h45 estavam pelo menos mais de uma dezena. “Atingimos uns milhares de pessoas no geral. Só Porto e Lisboa concentraram mais de 1.000 pessoas”, afirmou Paulo Santos.

O protesto envolveu a paragem, desde segunda-feira, de vários carros de patrulha da PSP de diversos comandos, tendo começado no Comando Metropolitano de Lisboa.

A contestação dos elementos da PSP teve início após o governo ter aprovado, em 29 de novembro, o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ que, nalguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês. Os polícias consideram que há um “tratamento desigual e discriminatório”.