PP e PSOE não chegam a acordo para governo de Espanha

Líderes dos dois partidos mais votados reuniram-se no Parlamento. Feijóo propôs governo do PP por dois anos e a negociação de seis pactos de regime, mas Sánchez recusou.

O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, propôs esta quarta-feira, 30 de agosto, ao secretário-geral do PSOE que não inviabilizasse um seu governo, comprometendo-se com a realização de novas eleições em 2025, mas Pedro Sánchez recusou.

O encontro entre os líderes dos dois partidos mais votados nas últimas eleições legislativas espanholas decorreu no Parlamento, sem que houvesse qualquer entendimento, como era esperado.

Nos dois anos que quer de governo, Feijóo propõe que se negoceiem seis pactos de regime.

Neste momento, Alberto Núñez Feijóo conta com os 137 deputados do PP e com os 33 que compõem a bancada parlamentar do Vox, assim como com os dois eleitos pela União do Povo Navarro (UPN) e pela Coligação Canária (CC), perfazendo 172 votos, quatro a menos que os necessários para garantir uma maioria absoluta.

Do lado da esquerda, o PSOE, a coligação Sumar e os seus aliados reúnem 171 votos, igualmente insuficientes para uma maioria absoluta, mas também para uma maioria simples numa segunda votação. Para chegar ao poder necessitam dos votos dos independentistas do Junts per Catalunya, liderado por Carles Puigdemont.

O PSOE já ofereceu ao Junts e também à Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), que têm sete deputados cada, a possibilidade de terem grupos parlamentares próprios no Senado, uma das exigências dos independentistas, mas continua longe das reivindicações, especialmente do Junts, de uma amnistia para os que participaram na declaração unilateral de independência da Catalunha, em 2017, e da realização de um referendo pela autonomia.