A venda de casas na União Europeia caiu em 2023 face ao ano anterior em 13 dos 16 Estados-membros para os quais há dados disponíveis, ocupando Portugal a sétima posição nas maiores descidas, anunciou hoje o Eurostat.
Dados hoje publicados pelo gabinete estatístico da União Europeia referem que, “em 2023, o número de transações de habitações diminuiu em 13 dos 16 países da União Europeia para os quais existem dados disponíveis, em comparação com 2022”, sendo este “o segundo ano consecutivo em que a maioria dos países abrangidos registou quedas nas vendas”.
No que toca a Portugal, o país registou no ano passado uma queda de 19,8% na venda de casas, após subidas anuais de 2,7% e de 19,4% em, respetivamente, 2022 e 2021. Em 2020, ano de início da pandemia de covid-19, registou-se um recuo de 9,8% nestas transações em Portugal.
Ainda assim, as maiores reduções no número de vendas de casas em 2023 foram registadas no Luxemburgo (-43,3%), na Áustria (-26,4%), na Hungria e na Finlândia (cada uma -24,5%), ao passo que os maiores aumentos no verificaram no Chipre (+31,0%), na Polónia (+3,9%) e na Irlanda (+0,6%).
No ano anterior, em 2022, 10 dos 16 países abrangidos registaram diminuições no número de vendas, com a maior diminuição a ocorrer na Dinamarca (-24,8%) e a maior subida em Chipre (+27,4%).
O Eurostat lembra que, em 2020, o mercado imobiliário foi influenciado pelo surto da covid-19, razão pela qual nesse ano “houve uma queda generalizada nas transações de habitação devido às medidas de confinamento, com apenas quatro dos 16 países da União Europeia para os quais existem dados disponíveis a registarem aumentos nas vendas”.
“Em 2021, por sua vez, as vendas de casas aumentaram em 14 países da União Europeia”, conclui.