A plataforma de sindicatos da PSP e GNR rejeita que seja um líder político a convocar uma concentração frente ao parlamento para quinta-feira, considerando que essa é uma competência das organizações sindicais.

O presidente do Chega, André Ventura, apelou publicamente no sábado a todos os polícias e forças de segurança para que “se mobilizem e compareçam” no parlamento na quinta-feira, dia em que o partido vai apresentar propostas para resolver os problemas da classe.

“Não me parece razoável que qualquer líder político se deva substituir aos dirigentes sindicais para promover ações contestatárias ou manifestações, como também não ficaria bem a qualquer líder sindical tomar posições de quem representa os partidos na Assembleia da República”, afirmou à agência Lusa o porta-voz da plataforma dos sindicatos das forças de segurança, Bruno Pereira.

Bruno Pereira saudou no entanto as propostas que o Chega já anunciou que irá apresentar, considerando que vão ao encontro do que já foi apresentado pela plataforma ao Governo para negociações.

A Associação Sindical do Corpo de Chefias da Guarda Prisional (ASCCGP) também se demarcou hoje da convocatória feita pelo Chega para a presença no parlamento de elementos das forças de segurança durante a votação de um novo subsídio proposto pelo partido.

“Afigura-se-nos precoce, embora legítima, uma arregimentação de profissionais para o ato, estando negociações a decorrer entre o Governo e as estruturas representativas dos trabalhadores”, referiu hoje em comunicado a ASCCGP.