A Polícia Judiciária está a realizar buscas na Câmara Municipal do Funchal, informou a autarquia, e na casa do presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, avançou a CNN.

“A Câmara Municipal do Funchal informa que um grupo de inspetores da Polícia Judiciária deu entrada esta manhã nas instalações do edifício dos Paços do Concelho, para a realização de buscas”, lê-se num comunicado divulgado pela autarquia (PSD/CDS-PP), a meio da manhã desta quarta-feira.

No documento, o município, presidido pelo social-democrata Pedro Calado, acrescenta que “está a colaborar na investigação em curso e a prestar toda a informação solicitada, num espírito de boa cooperação”.

A CNN noticiou que a Polícia Judiciária e o Ministério Público têm mais de 50 buscas em marcha, por suspeitas de corrupção e outros crimes associados que envolvem os mais altos titulares de cargos públicos e políticos na Madeira.

De acordo com a CNN, o presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, e o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, são dois alvos da operação, que envolve cerca de 300 inspetores da PJ e diversos magistrados.

Buscas em todo o país por suspeita de corrupção

A PJ já tinha feito buscas ao presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, no âmbito de uma investigação sobre relações de alegada promiscuidade com grupos económicos.

A Polícia Judiciária está a efetuar cerca de 100 buscas na Madeira, nos Açores e em várias regiões do Continente por suspeita de crimes de corrupção e participação económica em negócios, entre outros, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

A mesma fonte indicou que as buscas na Madeira estão a decorrer “em várias áreas do Governo da Madeira e empresas”, tendo já a Câmara Municipal do Funchal confirmado as buscas da PJ.

Entre os crimes que estão na base desta investigação dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal do Ministério Público estão suspeitas de corrupção, participação económica em negócio, prevaricação e abuso de poder, entre outros.

A mesma fonte adiantou que as buscas que decorrem em várias regiões do Continente são essencialmente em empresas. Questionada sobre se já há detidos nesta operação, a mesma fonte indicou que “ainda não”.