Pedro Nuno Santos venceu as eleições diretas com 62% dos votos, o que corresponde a mais de 24 mil votos. José Luís Carneiro obteve 36% com quase 15 mil votos e Daniel Adrião consegui apenas 1%, o que corresponde a 382 votos.

No discurso de vitória, na sede nacional do PS, Pedro Nuno Santos disse ter “um orgulho Imenso” nos “resultados da governação”, mas assumiu que “ainda não está tudo bem”, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde. “Mas a nossa solução não é privatizá-lo. Queremos mesmo salvar o SNS”.

Garantindo que conta com José Luís Carneiro e Daniel Adrião para “trabalhar a unidade”, Pedro Nuno Santos prometeu avançar com a regionalização, “preservar o Estado social” e apostar na habitação e no emprego para dar “oportunidade aos jovens”.

“Há muito por fazer ainda, há coisas que não estão a funcionar bem. Na saúde e na habitação temos ainda muito trabalho por fazer. Há muito ainda por fazer”, disse Pedro Nuno Santos, em resposta às perguntas dos jornalistas, garantindo que vai “trabalhar para ter uma grande vitória” com o objetivo de assegurar a estabilidade.

“Logo trataremos de encontrar uma solução para governar”, disse, quando questionado sobre a possibilidade de uma nova aliança com os partidos à esquerda do PS. Mas não deixou de elogiar a gerigonça com a garantia de que “foi mesmo estável e funcionou bem”.

Questionado sobre se vai pedir conselhos a António Costa a partir de agora, o novo secretário-geral do PS admitiu que vai continuar a “trocar impressões” com o ainda primeiro-ministro. “Não aproveitar a experiência, inteligência e sagacidade de António Costa seria tonto da minha parte”, concluiu o novo secretário-geral do PS, reafirmando que conta com António Costa, mas também com José Luís Carneiro, na campanha eleitoral.

Na sede nacional do PS, a ouvir o discurso de vitória, estiveram, pelo menos três ministros: Duarte Cordeiro, Marina Gonçalves e João Costa. Também marcaram presença destacados apoiantes como Francisco César ou Pedro Delgado Aves.

Carneiro desafia nova liderança a “assegurar a unidade”

Já José Luís Carneiro garantiu que está disponível para “trabalhar para o PS e para continuar a servir Portugal”. Carneiro defendeu que cabe à nova liderança “assegurar a unidade e a pluralidade”.

“Estaremos atentos e disponíveis para colaborar no reforço do PS”, acrescentou Carneiro, realçando que em “pouco mais de um mês” conseguiu “promover um amplo movimento que mobilizou militantes, simpatizantes e milhares de cidadãos”.

Garantindo que não está preocupado com a sua “carreira política”, José Luís Carneiro assumiu que quer garantir que “este amplo movimento tem a integração no caminho do PS para garantir a diversidade e a pluralidade”.

“Se me preocupasse com a minha carreira política talvez não tivesse decidido ser candidato à liderança do PS”, garantiu Carneiro.

Eurico Brilhante Dias, apoiante de Carneiro, reconheceu que “há um vencedor claro e inequívoco” e garantiu que o PS está unido para enfrentar as eleições legislativas antecipadas. José Luís Carneiro “fez uma campanha muito útil para o PS”, disse.