Pedro Nuno Santos, candidato a secretário-geral do Partido Socialista (PS), rejeita ser um político radical, como os seus adversários lhe têm apontado. “O meu camarada, bem como o PSD, tentam colar-me a ideia de radical. Há muita confusão em Portugal entre  [o que é] ser radical e ter convicções. Queria dizer que nem sou radical nem moderado. Sou socialista, ponto número um. E ponto número dois, tenho convicções”, disse o ex-ministro das Infraesturas esta segunda-feira em declarações aos jornalistas.

O candidato a suceder a António Costa na liderança do partido voltou a defender a geringonça, solução que não afasta caso vença o partido e dispute as eleições de 10 de março. “Trabalharemos para construir uma solução de governo. Aquilo que aconteceu em 2015, como é sabido, teve todo o meu apoio e, por isso, se houver condições para nós liderarmos uma maioria, assim será”, afirmou.

Já quanto ao seu principal adversário interno, Pedro Nuno Santos contrariou a ideia de que os portugueses preferem José Luís Carneiro e a sua candidatura, argumentando que os “métodos científicos” mostram o contrário.

Do ponto de vista interno, disse, “a nossa candidatura tem conseguido mobilizar a maioria esmagadora dos nossos militantes”. E, de acordo com “os métodos mais científicos que temos ao nosso dispor, a maioria dos portugueses prefere a nossa candidatura e o nosso projeto. Não é uma invenção”, acrescentou ainda.