Paulo Rangel desafiou o PS a responder se está contra ou a favor das medidas sociais que o Governo tem tomado, comparando a posição dos socialistas com o Velho do Restelo.
“O líder do PS, Pedro Nuno Santos, tem de dizer, se acha ou não que os pensionistas portugueses, havendo um espaço para isso, podem ter aqui um alívio ainda que ocasional, porque é possível, ou acha que é melhor que não haja de todo, que diga o que faria então”, atirou o vice-presidente social-democrata, durante o segundo jantar-conferência da Universidade de Verão do PSD. “O PS tem de dizer de que lado está, se está do lado do Estado social e no apoio aos mais vulneráveis ou se está do lado daqueles que, numa posição muito estranha, estão sempre no bota abaixo”, acusou.
O também ministro dos Negócios Estrangeiros recordou ainda que o Governo da Aliança Democrática deu também “um enorme impulso” aos jovens com um conjunto de medidas fiscais que vão permitir ter um começo de vida pessoal e profissional “muito auspicioso”.
“Curiosamente também não vejo o PS muito entusiasmado com esta alavanca para os jovens, vejo também numa posição, vou agora usar uma categoria dos Lusíadas, de velhos do Restelo, o PS parece o Velho do Restelo, só que o Velho do Restelo era avisado – estava enganado, mas era avisado – o PS parece apenas precipitado e incomodado”, disse.
“O PS que tem de dizer porque é contra as medidas sociais que o Governo está a tomar, algumas delas com enorme efeito económico na iniciativa para o crescimento do país”, acrescentou.
Rangel recordou que o PS estava “instalado há oito anos” no poder, obteve entretanto uma maioria absoluta, mas, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, “não fez uma única reforma”.
“São estes senhores que veem dizer a nós que não somos reformistas”, questionou.
Paulo Rangel, criticou ainda o Chega ao “juntar” o tema do Orçamento do Estado com a imigração e voltou a deixar críticas ao PS, principal partido da oposição.
“Eu vou dizer a esse partido, com mensagem para outro, com quem ele de vez enquanto vota em conjunto no parlamento e que fazem aquilo que se chama de coligações negativas… Vou dizer que, realmente, nós no PSD vemos com alguma similitude entre o tema da imigração e o tema do Prçamento, embora não tenha um a ver com o outro”, disse.
“É que nós definimos uma linha política clara para a imigração, não há portas escancaradas nem há portas fechadas, essa linha é a linha que temos também para o orçamento, não há portas fechadas, mas não há portas escancaradas, esta é a nossa doutrina”, acrescentou.