O PAN considerou esta quarta-feira que a localização do novo aeroporto em Alcochete “é ambientalmente desastrosa e financeiramente irresponsável”, com o primeiro-ministro a contrapor que os argumentos do partido levados ao limite significariam que não haveria aviões.
No debate quinzenal com o primeiro-ministro, no parlamento, a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, considerou que a dimensão ambiental na escolha do novo aeroporto fica “sistematicamente para trás”.
“O senhor primeiro-ministro vangloriou-se desta opção [Alcochete], mas esquece-se que o clima mudou e os partidos políticos também têm de mudar e as governanças também”, defendeu.
Para a porta-voz do PAN, “não é aceitável que uma decisão desta magnitude tenha por base uma opção que tem não só pareceres que já estão ultrapassados”, mas que, do ponto de vista económico, também não é “a mais viável”.
“Estamos a falar de mil euros por cada cidadão português se não houver derrapagens”, advertiu, questionando de seguida se o primeiro-ministro “está disponível para que o ambiente faça parte da equação de qualquer solução aeroportuária”.
Na resposta, Luís Montenegro assegurou que o governo está disponível para “acautelar todos os valores ambientais e poder mitigar os efeitos que investimentos desta envergadura trazem aos ecossistemas, à biodiversidade e a todos os impactos de toda a natureza”.