Estes últimos dias foram marcados pela queda do governo e parece que tudo ficou resumido ao parágrafo do Ministério Público que, alegadamente, implicava o primeiro-ministro, António Costa. Parece que antes estava tudo bem e, por isso, queria recordar alguns parágrafos do PS e da atualidade nacional durante o reinado socialista, que foram expondo a incompetência e que certamente levaram muitos portugueses ao desespero.

Setembro de 2017 – “No limite pode não ter havido furto nenhum”, referiu o ministro daquela época, José Azeredo Lopes a propósito do assalto a Tancos.

Outubro de 2017 – “Se eu me demitisse ia ter as férias que não tive” foram as palavras que a ministra da Administração à época, Constança Urbano de Sousa, disse no decorrer da tragédia dos incêndios que vitimaram centenas de portugueses que nunca mais verão as suas famílias.

Abril de 2020 – “Até agora não faltou nada ao SNS” no combate à pandemia, afirmava António Costa, numa altura em que os profissionais de saúde se queixavam da escassez de equipamento de proteção individual.

Junho de 2020 – “Que bom que foi poder ver o Algarve sem as filas e as enchentes de sempre”, disse António Costa durante a pandemia, com negócios fechados e milhares de portugueses em layoff.

Junho de 2022 – “O pior que nos pode acontecer é adoecer em agosto”, disse Graça Freitas, numa das suas diversas afirmações infelizes durante a pandemia.

Julho de 2022 – “Excelente negócio”, foi como Pedro Nuno Santos, na altura ministro das Infraestruturas se referiu às carruagens com amianto vindas de Espanha, compradas pelo Estado português. O amianto, como se sabe e o ministro não podia desconhecer, é tóxico.

Julho de 2022 – Grávidas já podem pesquisar online urgências abertas e fechadas. O Ministério da Saúde aconselha as utentes a consultar o motor de busca antes de se dirigirem aos serviços. Num país em que o índice de envelhecimento tem vindo a agravar-se, antes de parir, informe-se?!

Julho de 2022 – “Devido à onda de calor prevista para os próximos dias, as condições de conforto a bordo de alguns comboios poderão não ser as mais adequadas. Recomendamos que, sempre que possível, realize as suas viagens ao início da manhã ou ao final do dia.” Constava de um inacreditável comunicado da CP que depois das reações, foi retirado.

Setembro de 2022 – A secretária de Estado da Habitação afirma que todos têm direito a viver nas zonas mais caras do país, incluindo na capital, e que “cabe ao Estado dar essa hipótese”. Atualmente ministra da Habitação, a quem poderá pedir a casa dos seus sonhos. Habitação é que nem vê-la e sonhos também não.

Dezembro de 2022 – “Olhe, pode pergunte-lhe porque é que ele não me contactou a mim, que tive a casa inundada”, respondeu António Costa sobre Carlos Moedas, no episódio das cheias na cidade de Lisboa com várias ocorrências e muitas delas bem mais graves que a do primeiro-ministro.

Outubro de 2023 – O primeiro-ministro afirmou que um dos problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) eram os doentes que recorrem às urgências sem que seja necessário. “Não podemos estar a sobrecarregar um serviço com necessidades que não são necessárias de satisfazer naquele serviço, prejudicando, objetivamente, aqueles que precisam mesmo de ser atendidos nas Urgências hospitalares.” Enquanto isso, as pessoas vão de madrugada para muitos centros de saúde para conseguir obter uma consulta.

Fevereiro de 2023 – “Não é legítimo ter casas vazias“, atirou António Costa quando apresentou o pacote “Mais Habitação”, enquanto o país atravessava uma crise na habitação e o Estado nem sabia (e continua sem saber) quantos devolutos tem.

Julho de 2023 – “Não há nada que não permita a abertura do ano letivo com tranquilidade”, sublinhava ministro da Educação, João Costa, no ano letivo que arrancou com cerca de 80 mil alunos sem professores a, pelo menos, uma disciplina, segundo noticiado por vários órgãos de comunicação social.

Abril de 2023 – “É o nosso maior aliado mas pode tornar-se no nosso maior pesadelo”, afirmou Hugo Mendes, secretário de Estado, sobre a TAP, na comissão parlamentar de inquérito, para mudar um voo do Presidente da República. Afinal, é para isso que a TAP serve? Quanto aos restantes passageiros, que também são donos da companhia aérea, paciência…

Outubro de 2023 – “São só dois euros por mês”, afirmava Fernando Medina sobre a subida do IUC para os carros mais antigos. Já o líder de bancada do PS, Eurico Brilhante Dias, referiu que este aumento “não fazia sentido” com eleições antecipadas. Caso contrário, já faria sentido…

Outubro de 2023 – Disse o ministro João Galamba, quando se demitia pela segunda vez: “Em primeiro lugar, quero transmitir que apresentei o meu pedido de demissão apesar de entender que não estavam esgotadas as condições políticas de que dispunha para o exercício das minhas funções.” Depois de tudo o que aconteceu não sei mais o que havia para esgotar.

São, pois, inúmeros os parágrafos que teria para acrescentar, o que me levaria a várias páginas. Por isso, resta-me concluir com um último: Portugal merece muito mais do que um PS que empurra os nossos filhos para fora do país. Na verdade, e para mal de todos nós, muitos deles fogem destes e doutros parágrafos socialistas.

Vice-presidente da Iniciativa Liberal e deputada municipal em Lisboa