A temporada 2023/24 da NBA começou na madrugada de 25 de outubro. Ao todo serão 1.230 jogos e um alvo a abater, os Denver Nuggets, campeões pela primeira vez na época transacta e superiormente comandados dentro do campo pelo extraordinário Nikola Jokic.

Muitas equipas reforçaram-se com autênticas estrelas com carreira consolidada na NBA, como Milwaukee Bucks (Damian Lillard), Boston Celtics (Kristaps Porzingis), Phoenix Suns (Bradley Beal), Golden State Warriors (Chris Paul), Memphis Grizzlies (Marcus Smart e Derrick Rose) ou Houston Rockets (Dillon Brooks). No entanto, alguns destes jogadores estão em fim de estação e terão pela frente jovens que se estreiam no mais afamado campeonato de basquetebol do planeta, dispostos a mudarem a disposição dos holofotes.
Desde LeBron…

Pode dizer-se que todas as atenções estão viradas para Victor Wembanyama. O francês, que foi “capturado” pelos San Antonio Spurs como primeira escolha do draft, é visto como um atleta especial e que pode ser determinante na história do jogo. É o basquetebolista mais aguardado na NBA desde LeBron James e há quem garanta que, se não for ele a mudar a NBA, ninguém mais o pode fazer. Victor Wembanyama preparou-se física e mentalmente para a sua época de estreia na NBA de tal forma que renunciou à Euroliga e ao Mundial de seleções.

Para já, não se pode dizer que o primeiro jogo na fase regular pelos Spurs tenha superado as expetativas. Pelo contrário, o poste francês marcou 15 pontos e perdeu diante dos Dallas Mavericks (80-85).

O ano errado para Scoot
Já durante a Summer League, Wembanyama tinha sido derrotado pelos Portland Trail Blazers, de Scoot Henderson, um dos também candidatos a rookie do ano e que foi a terceira escolha do draft. Num ano normal, o base de 19 anos seria, sem grande discussão, a primeira opção; contudo, nesta época havia Wembanyama e os Charlotte Hornets preferiram Brandon Miller porque já tinham uma estrela jovem como base: LaMelo Ball.

O poste Chet Holmgren foi o número 2 do draft no ano passado e esta é a sua época de estreia porque passou um ano em tratamento a uma lesão num pé, depois de se ter aleijado num jogo de verão. Não jogou um único minuto em 2022/23. É uma das grandes esperanças dos Oklahoma City Thunder, ainda que o seu físico inspire muitos cuidados aos responsáveis dos Thunder. Vai disputar com Victor Wembanyama o título de melhor poste de primeiro ano e uma das vantagens que tem é que ninguém acredita que ganhe esse despique.

Marcar uma era
Brandon Miller é a forte aposta dos Charlotte Hornets. O extremo de 20 anos tem revelado alguns problemas extradesportivos, mas tem uma aura de estrela daquelas que não enganam e pode ajudar a marcar uma era. E dispõe de uma panóplia de ferramentas ofensivas capazes de desmontar uma defesa organizada. Os Charlotte apostaram muito no extremo por considerarem que será o complemento ideal para LaMelo Ball. A ver vamos se tal se concretiza.

Por fim, Amen Thompson: dos cinco, foi talvez aquele que fez a pré-temporada mais entusiasmante. A sua rapidez é algo que contagia companheiros e público mas, em simultâneo, está a saber mostrar o seu lado mais cerebral. O base não é titular para já, mas faz parte do futuro dos Houston Rockets. E tem uma meia distância temível. Se fizer deste argumento uma arma regular, podemos ter no Texas um forte candidato a rookie do ano.