O bastonário da Ordem dos Médicos considera inadmissível a Unidade Local de Saúde Viseu Dão-Lafões (ULSVDL) estar sem urgência pediátrica à noite e exigiu prioridade na solução, que passa pela contratação de pediatras.

“Não é admissível que Viseu não tenha resposta pediátrica como, infelizmente, não está a ter e esta situação merece prioridade e merece um atendimento específico do Ministério da Saúde e da direção executiva” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), exigiu Carlos Cortes.

O bastonário falava aos jornalistas ao final da manhã desta quarta-feira, em Viseu, depois de se ter reunido com o conselho de administração demissionário e os diretores dos serviços da ULSVDL, e ainda os coordenadores das unidades de cuidados de saúde primários. “Viseu é um hospital central, é um hospital que tem praticamente todas as especialidades e não há nenhum motivo para não ter uma resposta adequada na área da pediatria”, defendeu.

Para Carlos Cortes, o “problema não deve ser deslocado” para os cuidados de saúde primários, “isso seria um erro”, o foco deve passar por “encontrar, tentar por todos os meios, encontrar soluções para ter pediatras no hospital”. Um esforço que deve ser feito pelo Ministério da Saúde, pelo diretor executivo do SNS e por o conselho de administração da ULSVDL, entretanto demissionário e, neste sentido, Carlos Cortes disse que exigiu uma “solução rápida” para acabar “com este vazio”.

O bastonário exigiu que “rapidamente e urgentemente” encontrar uma solução que passa, na sua opinião por contratar mais pediatras para o hospital.

A administração da ULS Viseu Dão Lafões, demissionária desde 13 de junho, ativou em 1 de março o plano de contingência, por falta de médicos, que implicou o encerramento exterior das urgências pediátricas de sexta-feira a domingo no período noturno.

Entretanto, a saída de dois médicos e a chegada do período de férias agravaram a situação, levando a administração a encerrar as urgências pediátricas todas as noites da semana, desde 01 de junho, entre as 20 horas e as 08 horas.