O Orçamento do Estado para 2024 foi aprovado, na generalidade, com os votos favoráveis do PS.
PAN e Livre abstiveram-se, na expectativa de negociar algumas medidas com o governo, e Chega, Iniciativa Liberal, BE e PCP votaram contra.
No discurso de encerramento, o ministro João Galamba defendeu que “este é um orçamento de alívio fiscal” que aposta no “reforço de rendimentos”, no “investimento público e privado” e em “proteger o futuro”.
João Galamba atacou a direita, mas também os antigos parceiros da geringonça. Acusando o PSD de “desnorte” e de estar “sem discurso”, o ministro Galamba prometeu que o governo está a trabalhar para mudar o “paradigma salarial, mas isso não se consegue com “varinhas mágicas liberais ou com varinhas mágicas de sentido oposto, como demasiadas vezes, e infelizmente, se vê em alguns partidos à nossa esquerda”.
No final da intervenção, o ministro das Infraestruturas citou o Presidente da República para afirmar que este “orçamento segue a única estratégia possível”. O que mereceu uma reação ruidosa de alguns deputados da oposição depois do conflito entre Belém e São Bento por causa da permanência de João Galamba no governo. “É mesmo um bom orçamento”, acrescentou.
Antes, Eurico Brilhantes Dias prometeu dialogar com os restantes partidos na fase de especialidade para “melhorar” a proposta do governo, mas sem deixar de cumprir o programa do PS. E Miranda Sarmento, líder parlamentar do PSD, defendeu que este orçamento “não tem estratégia nem rumo” para o país e limita-se a “usar a voracidade na cobrança” de impostos.