Segundo o semanário Expresso, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) terá pedido ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) indícios sobre a Operação Influencer, nomeadamente sobre uma eventual interferência de António Costa no licenciamento e construção de um centro de dados de Sines.

O Expresso cita uma fonte judicial que refere que existe o desejo da conclusão da investigação “no mais curto espaço de tempo possível”. Ainda de acordo com o semanário, o procurador Duarte Silva, coordenador do Ministério Público no STJ, tomou o caso em mãos e pediu ao DCIAP “não só as escutas em que o nome de António Costa é é referido, mas também as pistas que possam ter sido encontradas nas buscas de 7 de novembro.

Nesse dia foram feitas buscas na residência oficial do primeiro-ministro, no gabinete do chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, tendo sido levados os discos externos e o conteúdo do computador de Vítor Escária, isto para além de dinheiro num total de 78.500 euros. Ao todo foram realizadas 42 buscas que levaram à detenção de Vítor Escária, Diogo Lacerda Machado, os administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas. Os detidos foram colocados em liberdade pelo juiz de instrução.

O processo diz respeito à investigação de lítio em Montalegre e de Boticas, com a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e com o projeto de construção de um centro de dados na zona industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.

O primeiro-ministro, António Costa foi associado a este caso, tendo sido alvo da abertura de um inquérito no MP junto do Supremo Tribunal de Justiça, situação que determinou a sua demissão.