A Associação Nacional dos Oficiais da Guarda (ANOG) esclareceu hoje que a nova proposta do Governo de suplemento de missão tem “uma garantia mínima” de aumento 150 euros, mas que se vai perder nas promoções futuras.
“Apresentou-se uma cláusula de garantia mínima no valor de 150 euros para os postos onde a percentagem não garantia um aumento. Importa esclarecer que esta garantia mínima só se aplica a quem está atualmente no posto, perdendo-se nas promoções futuras”, refere uma nota da associação que representa os oficiais da Guarda Nacional Republicana, enviada à agência Lusa.
A ANOG, que não faz parte da plataforma que congrega 11 sindicatos da PSP e associações sócioprofissionais da GNR, realça que demonstrou a Margarida Blasco, ministra da Administração Interna, “total descontentamento e discordância da proposta apresentada”, uma vez que é “inaceitável e traduz uma “perda de rendimento para os oficiais”.
Como exemplo, a ANOG dá conta que um major que seja promovido a tenente-coronel já não vai auferir dos 150 euros, “perdendo assim dinheiro”.
Margarida Blasco esteve hoje reunida com as associações da GNR e sindicatos da PSP e apresentou uma nova proposta de suplemento de missão entre os 521 e os 730 euros e o fim do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.
Segundo a nova proposta, a que Lusa teve acesso, o novo suplemento de missão tem como referência o vencimento base do diretor nacional da PSP e comandante-geral da GNR e substitui o atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança, que inclui uma componente fixa de 100 euros e uma variável de 20% do salário base.
Com esta nova proposta, os oficiais passariam a ter um suplemento de missão de 14% da remuneração base do comandante da GNR e diretor nacional da PSP, que é de 5.216,23 euros, enquanto a percentagem para os sargentos da GNR e chefes da PSP é de 12% e para os guardas e agentes é de 10%.
Os sindicatos da PSP e associações da GNR não aceitam esta proposta e tem uma nova reunião marcada para dia 22 de maio.