1. Premissa
“Quando chega a madrugada vai ser dia, já lá vem a alvorada da alegria, já é tempo de esperança, está na hora da mudança, já é tempo! está na hora! vai ser dia!”

Vivermos uma nova AD sem lembrar sistematicamente o Prof. Diogo Freitas do Amaral e a dinâmica única criada nas Presidenciais de 1986, é esquecer a História, é esquecer uma personalidade única que teria mudado o país para melhor se o tivessem deixado, é não valorizar a memória e, por isso, é hipotecar o futuro possível.

2. Contexto
Como seria de esperar, a política de “pão e circo” governamental e partidária já começou sem vergonhas. Tudo se faz em cima do joelho e muito se promete. O que importa agora é mostrar que se está a tentar fazer o que nunca se fez nem,
provavelmente, se fará.

É o jogo das “aparências”. É uma fraude que não deve mesmo continuar. E é, no mínimo, ofensivo. Vale tudo. Alguma classe política já nem tem o mínimo de pudor de tentar fazer dos Portugueses “estúpidos”.

Vivemos num clima de guerrilha, ao jeito de uma verdadeira “guerra civil” político-partidária, que, com enorme certeza, se agravará até 25 de Fevereiro (dia do arranque da campanha eleitoral).

3. Ilusão
No jogo da ilusão política, será que os “mestres”, para além de esconderem a estratégia futura possível (ao jeito de Borgen), estarão também a esconder os verdadeiros protagonistas?

Será que os portugueses conhecem mesmo os verdadeiros líderes das soluções políticas a criar na noite de dia 10 de Março de 2024?

Parece-me que não. Ora vejamos: No PS reina a paz podre. Convictos que o silêncio e o desgaste dos adversários serão a garantia para a manutenção do poder, ao jeito de Maquiavel. Contudo, assistimos também a ataques internos ao próprio secretário-geral e cria-se, sorrateiramente, uma pressão constrangedora da exigência de ter de ganhar as eleições para se poder manter na liderança. E não me parece que possa ganhar por “poucochinho”.

Por isso, importará sempre relembrar que o Artigo 187º n. º1 da nossa Constituição não obriga que o líder do partido mais votado em eleições tenha de ser indigitado primeiro-ministro. Será que António Costa, que conhece bem as regras, não gosta de perder e tem imaginação e criatividade (como já assistimos com António José Seguro e a criação da geringonça) estar-se-á a preparar para tirar mais um “coelho da cartola”?

Infelizmente, é uma possibilidade que não poderemos descartar.

Por outro lado, Luís Montenegro, que muito respeito, assumiu e garantiu não governar caso não ganhasse as eleições e/ou mesmo que conseguisse uma maioria à direita. Será que com esta afirmação, que pela sua integridade certamente irá cumprir, estará a alertar os portugueses para um projeto ainda maior e ainda mais unânime, com outro líder e focado em linhas de mudança?

Talvez… E, talvez também seja por isso que assistimos (no meu caso com muito interesse) ao regresso de várias personalidades do PSD e do CDS, como assistimos na Convenção da AD. E também, poderá ser por isso, que outros prefiram, ainda, não aparecer. A ver vamos…

4. Xeque-Mate
Será crucial uma campanha galvanizadora, inovadora e vencedora da AD, respeitando o passado, mas com olhos postos no futuro e com ideias simples e claras para uma vitória da Direita Humanista em Portugal.

Para isso, será crucial um pacto de não agressão entre AD e Chega, no mínimo nos debates que se avizinham. Discutam tudo entre portas, mas foquem-se nas linhas da mudança que Portugal precisa para se libertar do pântano onde sempre nos mergulham.

Finalmente, considerando a hipótese (aparentemente improvável, mas possível) do Chega de André Ventura poder ganhar ou ter mais votos que a AD, será André Ventura exigirá ser primeiro-ministro? Ou será que assistiremos a uma decisão Patriótica e inteligente de defender e promover a indicação de uma personalidade indiscutível do espetro da direita (e da AD) para liderar o possível novo governo?

Será? Nunca deveremos desprezar a inteligência e o faro de André Ventura que saberá bem que não lhe bastará ganhar “hoje “, será preciso demonstrar que tem todos os atributos para poder, eventualmente, ganhar “amanhã”.

Certamente teremos semanas intensas pela frente. A ver vamos…

Empresário