O CDS garante que “os portugueses vão pagar ainda mais impostos em 2024” e critica um orçamento “sem estratégica para o desenvolvimento” do país. “É a continuação da aplicação da velha agenda socialista”, afirma Nuno Melo, numa nota enviada à comunicação social.

O presidente do CDS lamenta que este orçamento se traduza em “mais Estado e menos sociedade civil, mais carga fiscal e menos liberdade das famílias, mais estagnação económica e menos competitividade fiscal e mais empobrecimento relativo do país e menos crescimento económico”.

Para os centristas, a proposta de Orçamento do Estado para 2024, apesentada esta terça-feira pelo ministro das Finanças, “é mais do mesmo” e mostra que o governo não tem uma estratégia para o país. “A despesa pública sobe mais 9,6% face a 2023. A receita fiscal agrava-se em 5% e os portugueses em 2024 vão pagar ainda mais impostos do que em 2023”, diz Nuno Melo.

“Na questão do IRS, o governo estima que a redução das taxas até ao 5º escalão tenha um valor de cerca de 1000 milhões de euros. O que o governo se esqueceu de referir é que a decisão de 2022 de não atualização dos escalões de IRS representou um agravamento de 1100 milhões de euros em 2022 e 2023, de acordo com as estimativas do Conselho de Finanças Públicas”, acrescenta na mesma nota.

O presidente do CDS considera ainda que “a redução agora proposta nem sequer compensa o agravamento do IRS que as famílias portuguesas sofreram nos últimos dois anos” e que “as alterações do IRS Jovem não têm grande significado e não vão evitar a continuação da saída massiva dos jovens qualificados para o estrangeiro”.

“O CDS continua a defender uma isenção de IRS para os jovens até aos 30 anos, uma medida muito mais ambiciosa que a apresentada agora pelo governo. Ainda no IRS, o CDS lamenta, uma vez mais, que o governo não tenha introduzido a possibilidade dos juros do crédito à habitação poderem ser abatidos no IRS para ajudar as famílias com dificuldades de pagar as prestações mensais”, conclui.