Nuno Melo lembrou hoje que a localidade de Olivença “é portuguesa”, o que está estabelecido por tratado, e defendeu que “não se abdica” dos “direitos quando são justos”.

“Olivença é portuguesa, naturalmente, e não é provocação nenhuma”, afirmou o ministro da Defesa aos jornalista, em Estremoz, citado pela Lusa. “Aliás, por tratado, Olivença deverá ser entregue ao Estado português”, prosseguiu, referindo-se ao Tratado de Alcanizes, assinado em 1297.

Olivença é uma cidade na zona fronteiriça, reivindicada por Portugal desde o tratado de Alcanizes, em 1297, mas que Espanha anexou e mantém integrada na província de Badajoz, apesar de ter reconhecido a soberania portuguesa sobre a cidade quando subscreveu o Congresso de Viena, em 1817.

“Diz-se, desde o Tratado de Alcanizes, como Portugal tem as fronteiras mais antigas definidas, exceto esse bocadinho”, acrescentou Nuno Melo, sublinhando que, “no que toca a Olivença, o Estado português não reconhece como sendo território espanhol”.

Nuno Melo recordou ainda que, enquanto eurodeputado, defendeu a soberania portuguesa sobre Olivença, tema de que continua a não abdicar: “Fi-lo, desde logo, no Parlamento Europeu, em questões colocadas, enfim, mas sabe, a real politik é a real politik“.

O ministro da Defesa proferiu estas declarações durante as celebrações dos 317 anos do Regimento de Cavalaria n.º 3, a mais antiga unidade do Exército em atividade, conhecida por Dragões de Olivença, onde cumpriu parte do seu serviço militar obrigatório.

“Estes dragões são de Olivença por alguma razão”, lembrou.