“Quero uma UEP de excelência, confiável, fiel aos princípios da PSP de rigor, disciplina e sentido de dever, humanismo, defesa intransigente da legalidade e isenção na ação policial, rejeição de qualquer forma de extremismo ou discriminação e de compromisso com a missão”, afirmou o responsável, após tomar posse na sede da direção nacional da força de segurança.

A mensagem do comandante surge na sequência de uma semana em que o Ministério da Administração Interna anunciou a abertura de um inquérito para apurar eventuais responsabilidades disciplinares a elementos das forças de segurança pela sua participação em organizações extremistas, como o grupo 1143.

Numa cerimónia que contou com a presença da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e o secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, o novo comandante da UEP salientou a necessidade de a unidade estar “aberta à mudança” e ser “responsável, inclusiva e integradora” para continuar a ser uma “referência nacional e mesmo internacional”.

“Elevados padrões de desempenho só são possíveis com rigoroso treino e uma identidade própria, alicerçados em disciplina e códigos de conduta fortes. Apesar dos avanços tecnológicos, a chave do sucesso continua a residir no polícia, na sua preparação, na sua força moral e na sua capacidade de interpretar e decidir”, referiu.

O diretor nacional da PSP, Luís Carrilho, elogiou a UEP e as qualidades pessoais e profissionais de Pedro Teles e recordou a exigência da sociedade em relação aos agentes.

“O facto de sermos polícias e estarmos expostos traz uma grande responsabilidade. Para cada polícia, a tolerância que a sociedade tem ao erro do polícia é muito baixa e para os profissionais da UEP é nula”, indicou, salientando a importância de uma “boa preparação individual” dos profissionais desta unidade.

Margarida Blasco felicitou a direção nacional da PSP para a escolha para a liderança da UEP e alertou para a fasquia alta e os desafios que se colocam aos polícias.

“Os nossos desafios exigem uma PSP em condições de responder e corresponder a cada momento às novas realidades. Esta realidade reconduz-nos a uma necessidade de adaptação permanente”, declarou, notando que a escolha de Pedro Teles para a UEP “enquadra-se na política de reorganização da PSP” levada a cabo desde que o Governo iniciou funções em abril e que levou em maio à mudança na direção nacional desta força de segurança.