Os países da NATO do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia avançaram hoje com novos pacotes de apoio ao país invadido pela Rússia, incluindo sistemas de defesa antiaérea e carros de combate, anunciou o secretário norte-americano da Defesa.

Depois de uma reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia com a presença de Volodymyr Zelensky, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, anunciou que a Alemanha vai doar mais um sistema de defesa antiaérea Patriot com mísseis, “parte de um pacote que inclui dez carros de combate Leopard A1”.

“Espanha vai continuar ao seu treino crítico de [helicópteros Black] Hawk e vai enviar equipamento Hawk adicional, a Suécia anunciou um pacote de assistência de 200 milhões de dólares [mais de 195 milhões de euros] que inclui munições de artilharia críticas, e a Bulgária vai doar componentes para reforçar a sua defesa antiaérea S300”, completou.

Já França, continuou Lloyd Austin, “comprometeu-se a enviar mais carros de combate CAESAR howitzer e a aumentar a sua produção”.

A Roménia vai liderar uma coligação cujo objetivo é dar formação a mergulhadores ucranianos para que consigam desminar o Mar Negro, que voltou a ser um campo de batalha depois de Moscovo rasgar o acordo para exportação de cereais ucranianos, que vigorava desde o verão do ano passado e foi mediado entre as Nações Unidas e a Turquia.

Lloyd Austin reiterou que há “um grande apoio por parte da população norte-americana” a Kiev, depois de ouvir o Presidente da Ucrânia falar “sobre quais são as suas necessidades”, em particular para o inverno que Volodymyr Zelensky dramatizou como potencialmente um “inverno de terror” russo.

“A Ucrânia é importante para nós”, completou.

Austin também anunciou que os Estados Unidos vão juntar-se à Dinamarca e aos Países Baixos na liderança de uma iniciativa de preparação de pilotos ucranianos e de entrega de aviões de combate F-16 à Ucrânia.

“Tenho orgulho de anunciar que os Estados Unidos ajudarão a liderar a coligação de países que trabalham com a Ucrânia para desenvolver a sua força aérea”, disse Lloyd Austin numa conferência de imprensa em Bruxelas.

O facto de os Estados Unidos coliderarem agora essa coligação e terem um maior envolvimento irá acelerar o processo, segundo fontes diplomáticas. À medida que os Estados Unidos entram na equação, haverá contactos mais regulares para promover doações de F-16, organizar formação de pilotos e equipas de manutenção de aeronaves, explicaram.