A Ucrânia e a Rússia trocaram nesta sexta-feira, 31 de maio, 150 prisioneiros de guerra, 75 por cada parte, na primeira troca desse tipo nos últimos três meses, informaram as autoridades ucranianas.
Algumas horas antes e no mesmo local, os dois lados também entregaram corpos de soldados mortos em combate. Os prisioneiros de guerra ucranianos, incluindo quatro civis, foram devolvidos em vários autocarros que se dirigiram para a região norte de Sumy.
Esta foi a quarta troca de prisioneiros este ano e a 52.ª desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.
Com as trocas, incluindo a desta sexta-feira, 31 de maio, a Ucrânia recuperou um total de 3.210 militares e civis ucranianos desde o início da guerra, de acordo com a Sede de Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra da Ucrânia.
Nem a Ucrânia nem a Rússia divulgam quantos prisioneiros de guerra existem no total.
De acordo com relatórios da ONU, a maioria dos prisioneiros de guerra ucranianos fica sujeita a negligência médica, maus-tratos graves e sistemáticos e até mesmo tortura durante a detenção.
Também houve relatos isolados de abusos contra soldados russos, principalmente durante a captura ou trânsito para locais de detenção.
Pelo menos um terço dos ucranianos que regressaram a casa sofreram “ferimentos, doenças graves e deficiências”, de acordo com a Sede de Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra.
Entre os que regressaram hoje estavam 19 combatentes ucranianos da ilha da Cobra, 14 pessoas capturadas na central muclear de Chernobyl e 10 combatentes da cidade de Mariupol, que foi capturada pela Rússia.
Os prisioneiros de guerra viajaram por pequenas aldeias antes de chegarem a Sumy, de onde foram levados para hospitais para duas semanas de reabilitação.