Luís Montenegro esteve em Arouca neste domingo, 17 de dezembro, e falou, pela primeira vez, desde que Pedro Nuno Santos foi eleito secretário-geral do PS.

“Com respeito desejo que o PS possa preparar-se para a campanha e discutir o futuro de Portugal e não esteja amarrado àquilo que foi uma trajetória que só trouxe empobrecimento ao país”, começou por dizer.

Depois reagiu àqueles que falam que a direita pode vir a ser um problema para os portugueses. “Não deixo de notar que esse discurso, do papão da direita e que vem aí quem deseja o mal das pessoas, é uma narrativa política inconsequente para a vida das pessoas. Não traz mais casas aos jovens, não baixa os impostos às empresas, não dá melhores cuidados de saúde, não põe professores nas escolas, todos aqueles que andaram estes oito anos a venderem-nos a ilusão de que isso ia acontecer e não aconteceu, muitos deles, com responsabilidades em setores fundamentais como a habitação ou as infraestruturas, querem agora aparecer aos olhos dos portugueses de cara lavada prometendo fazer precisamente o contrário aquilo que há um mês e meio atrás diziam aos portugueses”, disse numa mensagem destinada a Pedro Nuno Santos.

“Desejo mesmo é que o debate seja profundo e que os portugueses percebam quem está melhor preparado e quem vende ilusões, quem tem a política das ideias das pessoas e quem tem a política da maquilhagem, que é muito bem trabalhado para a câmara de televisão”, acrescentou.

Em seguida reagiu às declarações de Mariana Mortágua que criticou Montenegro por agora estar preocupado com a educação. “Propus a recuperação integral do tempo de serviço dos professores em setembro, não havia eleições. Quero resolver o problema da educação em Portugal, temos 25% dos alunos do secundário no privado. Estou muito satisfeito, porque em Portugal, desde o Dr. André Ventura numa ponta à Dr.ª Mortágua e o Bloco noutra ponta, estão todos concentrados no PSD. Esta centralidade deixa-me cada vez mais seguro de que estamos no caminho certo.”

A finalizar comentou a ambiçáo do Chega em ter mais votos que o PSD. “Deve ser na lógica de acreditar no Pai Natal”, concluiu.