A missão da União Europeia envolvida na operação de reboque de um petroleiro incendiado por rebeldes iemenitas em agosto no mar Vermelho, representando um grave perigo ambiental, afirmou hoje “não estarem reunidas as condições” para prosseguir a operação.

“As empresas privadas responsáveis pela operação de resgate [da embarcação] concluíram não estarem reunidas as condições para levar por diante a operação de reboque e não ser seguro continuar”, declarou a missão Aspides na sua conta da rede social X, sem especificar a natureza dos riscos envolvidos. Estão a ser estudadas “soluções alternativas”, acrescentou.

Houthis toneladas de petróleo bruto, foi atingido a 21 de agosto por projéteis lançados pelos Huthis ao largo do Iémen. Estes rebeldes apoiados pelo Irão afirmaram em seguida ter detonado cargas explosivas no navio, provocando vários incêndios a bordo, antes de “autorizarem” o seu resgate.

A missão Aspides, destacada em fevereiro para proteger a navegação de cargueiros de ataques dos rebeldes, declarou na segunda-feira que o navio continuava em chamas e que iria assegurar a proteção dos rebocadores “para impedir uma catástrofe ambiental” no mar Vermelho.

O Comando Militar dos Estados Unidos para o Médio Oriente (Centcom) indicou na segunda-feira à noite que a operação de resgate do petroleiro estava em curso.

Desde novembro, os rebeldes iemenitas intensificaram os ataques a navios que consideram ligados a Israel, afirmando agir em solidariedade com os palestinianos da Faixa de Gaza, desde 7 de outubro do ano passado palco de uma guerra de Israel contra o Hamas.

Os seus ataques perturbaram o tráfego nesta zona marítima estratégica para o comércio mundial, levando os Estados Unidos a criar uma coligação marítima internacional e a atacar alvos rebeldes no Iémen, por vezes com a ajuda do Reino Unido.

A missão Aspides, de caráter puramente defensivo, resgatou os 23 elementos da tripulação do Sounion no dia seguinte ao ataque. Na segunda-feira, a agência de segurança marítima britânica UKMTO comunicou dois novos ataques a petroleiros ao largo da costa do Iémen, um dos quais reivindicado pelos Huthis.