A ministra da Saúde reúne-se na quarta-feira com o Conselho de Administração do hospital Amadora Sintra após 10 cirurgiões terem saído da unidade em outubro, situação que considerou preocupante.

Em declarações aos deputados das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e da Saúde, onde hoje está a ser ouvida, Ana Paula Martins disse que o Governo está a dar “todo o apoio para resolver a situação”, que levou o hospital a ativar o plano de contingência de Cirurgia Geral entre as 20h00 de dia 1 e as 8h00 de dia 2 de novembro.

Neste período, a urgência de cirurgia geral não recebeu doentes externos. Desde então, os níveis de contingência foram sendo ativados conforme as necessidades identificadas.

No passado 31 de outubro, dia em que 10 cirurgiões saíram do hospital, o diretor do Serviço de Cirurgia Geral, Paulo Mira, apresentou a demissão, com efeitos a 31 de dezembro.

A saída dos especialistas deveu-se ao regresso de dois médicos que denunciaram más práticas no serviço, que depois de investigadas não se confirmaram.

Para fazer face à saída desses especialistas, o hospital está a proceder à contratação de novos médicos, assim como à reestruturação do serviço.

Apesar da saída desta dezena de médicos, a ULS garantiu ainda que as cirurgias eletivas (programadas com antecedência) “estão a ser realizadas”, mas admitiu que “poderá haver necessidade de ajustar o plano operatório”.