Ana Paula Martins anunciou hoje que Sérgio Janeiro, presidente interino do INEM, será um dos candidatos ao concurso que está a decorrer para presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica.

“O INEM tem neste momento, finalmente”, o concurso aberto, depois de “a CReSAP ter aberto o concurso como lhe competia”, revelou a ministra da Saúde aos jornalistas, em resposta a críticas de Luís Marques Mendes, no jornal da SIC deste domingo, de que a ministra poderá estar “a prazo” e que Sérgio Janeiro “está completamente na corda bamba”.

A ministra salientou que “há de haver candidatos para o concurso e, com certeza” que Sérgio Janeiro, que está em regime de substituição desde julho, será um desses candidatos ao concurso para presidente do conselho diretivo do INEM, publicado na passada quinta-feira.

Ana Paula Martins reiterou ainda que está a “fazer tudo” para, num “curtíssimo prazo”, dar as respostas necessárias para “devolver ao INEM a capacidade de resposta, capacidade assistencial”.

“Eu penso que o mais importante neste momento é que as pessoas lá em casa sintam que o INEM, de facto, não lhes vai falhar como tem falhado nos últimos anos e isso é o mais importante”, disse a governante, antes da cerimónia de assinatura de Protocolo de Cooperação entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a ULS de Santa Maria, para alargamento de Cuidados de Saúde e inauguração da nova ala do hospital.

Ana Paula Martins notou que se está “à beira do inverno” e começa a “aumentar muito o número de pessoas que se dirigem à urgência, mesmo sem precisar: sabemos que essa é uma realidade e nós precisamos muito de um INEM que dê resposta”.

“Durante estes últimos anos, além de muitas coisas que foram acontecendo ao INEM e que também lhes foram retirando capacidade de resposta, a própria dificuldade que nós temos na gestão das urgências tem sobrecarregado muito o INEM”, sustentou.

Por isso, o Ministério da Saúde está a trabalhar há uns meses na “organização da própria urgência, porque o INEM está a fazer muita coisa que não é a sua função”, declarou Ana Paula Martins.

Pressionada pelos jornalistas sobre as críticas que tem tido dos partidos da oposição que pedem a sua demissão, a governante disse que as perguntas manifestam “um interesse importante”, porque as pessoas em casa “estão preocupadas e querem ter a certeza que quando ligam para o 112, efetivamente, lhes respondem do outro lado e que lhes acodem”.

“Essa é a minha missão e a minha função enquanto o senhor primeiro-ministro assim entender”, frisou.