Ministério Público pede prisão domiciliária para Armando Pereira e preventiva para Hernâni Vaz Antunes

Decisão do juiz Carlos Alexandre deverá ser conhecida hoje ao final do dia.

O Ministério Público pediu hoje a prisão domiciliária para o co-fundador da Altice Portugal Armando Pereira e a prisão preventiva para o seu braço-direito, Hernâni Vaz Antunes.

Para Armando Pereira, o procurador Rosário Teixeira pediu ao juiz Carlos Alexandre que o empresário deposite uma caução de 10 milhões de euros. Caso contrário, propõe que seja decretada a prisão domiciliária com pulseira electrónica.

O Ministério Público pediu ainda a proibição de contactos por parte de Armando Pereira com outros arguidos, pessoas e empresas fornecedoras da multinacional.

Já para Hernâni Vaz Antunes, o Ministério Público justificou o pedido de prisão preventiva com a existência de perigo de fuga, uma vez que esteve em parte incerta desde 13 de julho – aquando das primeiras detenções –, tendo-se entregado apenas a 15 de julho.

Os outros arguidos
Quanto aos outros arguidos, o procurador Rosário Teixeira pediu para Jéssica Antunes, filha de Hernâni Vaz Antunes, a apresentação periódica em esquadra policial, proibição de contactos com os restantes arguidos e o depósito de uma caução de 500 mil euros.

Já para Álvaro Gil Loureiro, sócio de várias empresas de Hernâni Vaz Antunes, pediu as mesmas medidas de coação que para Jéssica mas, por outro lado, uma caução de 250 mil euros.

A decisão do juiz Carlos Alexandre deverá ser conhecida hoje ao final do dia.

Armando Pereira e Hernâni Vaz Antunes são os principais suspeitos da Operação Picoas, tendo alegadamente desviado cerca de 250 milhões de euros da Altice Portugal.