Miguel Pinto Luz revelou hoje, no parlamento, que a CP não vai comprar tantos comboios de alta velocidade quanto gostaria, uma vez que o Governo defende que outras empresas devem também entrar nesse mercado para criar concorrência.

“Não vamos comprar tantos comboios quanto a CP queria. A CP tinha a ambição de comprar comboios que lhe dariam uma quota de mercado de 80% e não acho isso saudável para o mercado”, disse o ministro das Infraestruturas, sem adiantar mais informações.

Ainda na audição na Comissão de Economia e Obras Públicas, o governante afirmou que a CP deve estar no mercado bem guarnecida de equipamento e com qualidade de serviço, mas que “não terá monopólio” na alta velocidade, pois essa não é a visão deste Governo sobre como deve funcionar a economia.

Sobre ter havido apenas uma proposta firme, da Mota-Engil, para o concurso público internacional para a construção e gestão do primeiro troço da linha de alta velocidade Porto-Lisboa, o ministro disse que chegou a haver risco de ficar vazio, mas que mesmo assim “não é saudável que um concurso desta envergadura tenha um único concorrente”.

“Ainda bem que temos pelo menos um para não atrasar, mas queremos que no futuro haja mais, a concorrência é saudável”, disse