O vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz voltou esta sábado a garantir que o PSD não fará alianças com o PS e o Chega, apelando ao voto útil nos sociais-democratas por ser a forma de acabar com a política de esquerda de empobrecimento.

Em declarações aos jornalistas, à margem do 41º congresso do PSD, que está a decorrer este sábado em Almada, Pinto Luz não quis deixar detalhes sobre possíveis coligações pré-eleitorais, revelando apenas que essa discussão só será feita na Comissão Política Nacional depois do conclave que está a decorrer este sábado em Almada. Contudo, não negou que já estão a ser feitos contactos para tentar uma plataforma alargada. Um facto Pinto Luz quis deixar claro: não há coligações com o Chega e o PS. “Se os portugueses querem por fim a esta governação de empobrecimento, só há um voto útil, que é no PSD”, disse.

A mesma narrativa está a ser passada pelo líder parlamentar. Aliás, a direção social-democrata vem para o 41.º conclave com a narrativa concertada e preparada: não revelar detalhes sobre coligações, que ainda dividem o partido e estão em fase de ponderação, mostrar um PSD ao centro e moderado em contra-ponto com o que dizem ser o “radicalismo” de Pedro Nuno Santos (que é o adversário mais falado, apesar de existir outro candidato à liderança do PS – José Luís Carneiro), tentar falar ao eleitorado moderado à esquerda e apelar ao voto útil.

Joaquim Miranda Sarmento, tal como Pinto Luz, disse aos jornalistas que “os portugueses têm de escolher se querem manter a política de empobrecimento ou mudar isso”, lembrando que “o único voto útil é no PSD”. O líder da bancada do PSD disse que a responsabilidade do partido é “apresentar aos portugueses um programa e uma equipa.”

Durante a parte da manhã foram debatidos os novos estatutos do partido. Os delegados fizeram uma pausa para almoço perto das 13:00 e durante a parte da tarde o complexo desportivo vai transformar-se num palco para um comício de arranque de campanha para as legislativas de 10 de março.