A expansão da rede do Metro de Lisboa até Alcântara é um dos investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas será “materialmente impossível” concluir até final de 2026, disse hoje Pedro Dominguinhos.
Nesta expansão estão previstas quatro novas estações e o prazo de execução da obra que está definido em contrato é o final de 2026, o que “torna dentro dos prazos conhecidos, materialmente impossível a sua concretização”, assume o presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR (CNA-PRR), em conferência de imprensa.
Isto já que “este é um investimento que sofreu duas impugnações judiciais, que neste momento estão concluídas, e desde maio a obra está no terreno”, tendo sofrido vários percalços.
Este é um dos investimentos identificados como estando em estado “crítico” no relatório, onde se aponta que “este é um investimento sobre o qual recaem nesta data dúvidas fundadas sobre a sua possibilidade de finalização (significando, comboios a funcionar com passageiros) até 31/12/2026”.
Pedro Dominguinhos destaca que a Comissão Europeia já disse que “é possível a substituição total ou parcial de alguns investimentos, que a Comissão tem que aprovar para poderem ser substituídos por outros investimentos”, apontando que tal pode ter de ser feito neste caso.
No relatório da CNA-PRR, também se aponta que “apesar deste ser um investimento que está ancorado em empréstimo e não subvenção, o facto de já ser clara esta quase impossibilidade de cumprimento da meta, é imprescindível que, quer a Estrutura de Missão Recuperar Portugal, quer o Governo, equacionem a decisão a tomar”.
A obra abrange uma extensão de cerca de quatro quilómetros e quatro novas estações: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara.
A estação de Alcântara fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).