O treino do Boavista, que estava previsto decorrer nas horas antecedentes à receção deste sábado ao Famalicão (18h00), da I Liga de futebol, foi cancelado pela indisponibilidade dos médicos dos ‘axadrezados’, que alegam salários em atraso.
Fonte ligada ao processo revelou à agência Lusa que os profissionais do departamento clínico do clube se escusaram a acompanhar a tradicional sessão matinal conduzida em dias de jogo pelo treinador Petit, pedindo a regularização dos ordenados em tempo útil.
Além do técnico principal, o presidente do Boavista, Vítor Murta, admitiu recentemente a existência de salários em atraso na estrutura do emblema portuense, que até esteve impedido pela FIFA de inscrever novos jogadores na janela de transferências de verão.
Os axadrezados, que ocupam a 5.ª posição, com 13 pontos, recebem o Famalicão, 6.º, com 11, a partir das 18h00, no Estádio do Bessa, no Porto, em encontro da sétima ronda da I Liga, sob arbitragem de Gustavo Correia, da Associação de Futebol do Porto.
A realização do jogo pode estar em causa, uma vez que, de acordo com o terceiro ponto do artigo 61.º do Regulamento das Competições organizadas pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), é obrigatória a presença de médico no banco de suplentes.
Oficializado na terça-feira como reforço do QPR, do escalão secundário inglês, o defesa norte-americano Reggie Cannon tinha rescindido de forma unilateral com o Boavista em junho, alegando ordenados em atraso, com o processo a seguir para a FIFA e para os tribunais comuns, que irão deliberar sobre a justa causa e uma eventual indemnização.