Investir na rádio em 2024 e em televisão em 2025 foram reptos deixados por N’Gunu Tiny, fundador do grupo de comunicação Media9, na intervenção que abriu o evento Outlook 2024 que se realiza esta quarta-feira na Nova SBE e que marca o sétimo aniversário do Jornal Económico.
“Começámos na imprensa escrita e queremos investir na rádio em 2024 e em televisão em 2025. Queremos ainda expandir para Cabo Verde e Moçambique”, realçou o responsável, salientando também “a premissa da sustentabilidade do negócio” apesar de não acreditar “em teorias catastrofistas sobre a informação”.
Fazendo uma breve viagem à criação da Media9, N’Gunu Tiny adiantou que a mesma foi fundada em junho de 2022, mas começou a ser pensada em 2020 e sempre com foco na lusofonia.
“Não nos dirigimos só aos nove países que falam português, mas também às comunidades lusófonas que estão espalhadas pelo mundo. A Media9 acredita que o jornalismo livre, independente e de qualidade é fundamental para a democracia e para as entidades públicas e privadas. Não devemos dar esta realidade como adquirida”, recordou o fundador da Media9.
Realçando que, de forma diferente, as fake news e a Inteligência Artificial colocam muita pressão na comunicação social, o responsável destacou que o sector dos media está em “rápida e profunda transformação”. N’Gunu Tiny defendeu, no entanto, que “a inovação tecnológica também abre portas para desenvolver a funções nobres do jornalismo para que os leitores possam tomar decisões informadas e esclarecidas”.
A finalizar, N’Gunu Tiny deixou a questão: Porque é que Portugal deve interessar-se pela lusofonia? Para o fundador, “Portugal é grande demais para o território que tem, não é possível calcular a dimensão da ‘portugalidade’. Portugal esteve sempre aberto ao mundo e é isto que a Media9 pretende ser”.