Quando, a 2 de dezembro de 2015, o português Leonardo Jardim, à época treinador do Mónaco, deu ordem para Kylian Mbappé substituir Fábio Coentrão nos derradeiros instantes da receção ao Caen, estaria longe de imaginar que o jovem de 16 anos seria uma estrela do futebol mundial – ele que na altura partilhava balneário ainda com os também portugueses Ricardo Carvalho, João Moutinho, Bernardo Silva e Hélder Costa.
Passaram oito anos, Mbappé continua a ser jovem e ainda não saiu de França. Do Mónaco rumou ao Paris Saint-Germain e renovou com o clube da capital francesa depois da intervenção do Presidente da República, Emmanuel Macron, que o chamou ao Eliseu para lhe explicar que seria importante terminar o namoro com o Real Madrid para continuar no Paris Saint-Germain. Estávamos em 2022 e o avançado acedeu ao pedido presidencial. “Espero que compreendam a decisão de continuar. Sou francês, e como francês tenho o sonho de continuar e de tentar ver o meu país e o seu campeonato lá em cima”, disse numa mensagem dirigida ao universo madridista.
Mas, agora, tudo parece seguir o seu curso normal. Na última semana, a imprensa espanhola afeta ao Real Madrid anunciou que há um acordo entre o clube e o atleta, que está em fim de contrato com o Paris Saint-Germain, do qual quer sair a bem e sem anticorpos.
Mesmo sem deixar a França, Mbappé tem batido inúmeros recordes. Já esteve em duas finais de Mundial, venceu uma delas, marcou quatro golos nesses dois encontros, conquistou 16 títulos, mas falta-lhe o lastro mediático próprio de quem representa um grande clube a nível europeu. Em Paris, Mbappé sabe que pode ganhar muito dinheiro – em 2023, só em vencimentos auferiu 60 milhões de euros -, e muito mais poderia receber na Arábia Saudita, de onde lhe acenaram com este mundo e o outro.
Mas há duas lacunas que o dinheiro não compra: a Liga dos Campeões, que até pode conquistar esta temporada pelo PSG, e aquele glamour que costuma girar em torno dos futebolistas do Real Madrid, ou não estivéssemos a falar do clube dos galáticos que teve, em simultâneo, Zidane, Beckham, Figo, Ronaldo “Fenómeno”, Roberto Carlos ou Casillas. E isso é algo que o PSG nunca lhe poderá proporcionar.
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