Marques Mendes admite candidatura a Belém “se for útil ao país”

Antigo líder do PSD deixa em aberto uma possível candidatura à Presidência da República e frisa que essa é uma decisão “livre, pessoal e individual”.

O social-democrata Luís Marques Mendes admite entrar na corrida à Presidência da República. “Se um dia achar que com uma candidatura à Presidência da República posso ser útil ao país, tomarei essa decisão”, afirmou o comentador e ex-líder do PSD, quando questionado no seu espaço de comentário, na SIC, sobre se a sua presença na Festa do Pontal, evento que marca a rentrée política do partido, podia ser encarada como um sinal do apoio de Luís Montenegro a essa eventual candidatura a Belém.

“Se vir que tem alguma utilidade uma candidatura minha, e que tem o mínimo de condições para se concretizar, sou franco, tomarei essa decisão, independentemente de [haver] acordo ou não [com o líder do PSD]. Não há acordo nenhum”, insistiu, frisando ser “uma decisão livre, pessoal e individual”.

Se não existirem os “requisitos” da utilidade ao país e das condições, continuou, “não haverá decisão nenhuma e também está tudo bem”. “Esta matéria da Presidência da República não é uma questão de festa de vaidades. É uma decisão mesmo pesada”, disse ainda.

Em todo o caso, completou, “ainda falta uma eternidade” para as presidenciais de janeiro de 2026, garantindo que neste momento “não há decisão, nem sequer inclinação”.

Luís Marques Mendes, de 65 anos, foi ministro Adjunto de Cavaco Silva e ministro dos Assuntos Parlamentares no governo de Durão Barroso. Foi eleito presidente do PSD em abril de 2005 e reeleito nas diretas que introduziu no partido em 2006. É advogado, conselheiro de Estado e comentador televisivo na SIC, sendo conhecido por, não raras vezes, antecipar notícias sobre a governação do país.