Marcelo Rebelo de Sousa recusou hoje comentar a possibilidade de Gouveia e Melo vir a ser candidato presidencial, realçando, a este propósito que tem o poder de nomear os chefes militares.

Questionado sobre a abertura que o chefe do Estado-Maior da Armada manifestou em relação a uma eventual candidatura presidencial, em 2026, o Marcelo respondeu que não comenta “eventuais candidatos a candidatos” a esse ato eleitoral, em que apenas interfere para “marcar a data”.

Marcelo argumentou que, no caso de Gouveia e Melo, há “uma razão acrescida” para não se pronunciar: “Perguntam-me especificamente e ainda por cima sobre um chefe militar. Ora, eu sou o Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas. E um dos poderes do Presidente da República é nomear e reconduzir os chefes militares”, referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que “há várias chefias que são reconduzidas ou têm situações de eventual recondução, pelo menos três, daqui até ao dia 9 de março de 2026”, quando termina o seu segundo e último mandato presidencial.

Interrogado se gostava de reconduzir Gouveia e Melo na chefia da Armada, escusou-se a responder: “Está a perguntar-me agora como é que eu vou exercer esse poder daqui a três meses ou quatro meses”.

Gouveia e Melo, que coordenou a equipa responsável pelo plano de vacinação nacional contra a covid-19, tomou posse como chefe do Estado-Maior da Armada em 27 de dezembro de 2021, e está prestes a cumprir os três anos de mandato.

Nos termos da Constituição, os chefes dos ramos militares são nomeados e exonerados pelo Presidente da República, sob proposta do Governo.