Milhares de pessoas estão a manifestar-se hoje em Berlim em solidariedade para com os palestinianos de Gaza, vítimas dos bombardeamentos lançados por Israel, após o ataque do movimento islamita Hamas ao seu território em 7 de outubro. Outras manifestações se registaram em Londres e em Madrid, com muitos milhares de pessoas nas ruas.
Em Berlim, as estimativas iniciais da polícia local apontam para a presença de pelo menos 3.500 pessoas, mas autoridades ressalvaram que este número vai continuar a aumentar durante a tarde.
Nos cartazes que os manifestantes carregam podem ler-se frases como “Salvar Gaza”, “Acabar com o genocídio” ou “cessar fogo”, relatou a Agência France Presse (AFP).
Os manifestantes, munidos com bandeiras da Palestina e ‘keffiyehs’ (lenços de cabeça dos ativistas palestinos), juntaram-se na Alexander Platz, no centro de Berlim.
ESPANHA
Em Espanha, a “Manifestação de Solidariedade com a Palestina” começou em Atocha e terminou na Puerta del Sol, onde um manifestante pendurou uma grande bandeira palestiniana num poste e foi lido um manifesto conjunto das organizações envolvidas na manifestação: Samidoun, Alkarama, Al-yudur, Masar Badil ou Juventude Palestina, entre outras.
“O povo palestino está a morrer”, gritou o porta-voz das associações perante os manifestantes, muitos deles vestidos com lenços palestinianos e com a bandeira pintada no rosto.
Com os ‘slogans’ entoados na marcha, que contou com a presença de um grande número de famílias com crianças, os manifestantes apelaram ao fim da violência contra Gaza: “Não é uma guerra, é um genocídio”, “Viva a luta do povo palestino” ou “Onde estão as sanções contra Israel”.
Um grupo de jovens transportou três coroas fúnebres para expressar o seu pesar pelas vítimas dos ataques de Israel a Gaza, com diversas mensagens como “Vítimas do genocídio, estamos convosco”.
LONDRES
Quando a guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas entra na sua terceira semana, e no dia em que uma pequena quantidade de ajuda entrou em Gaza, manifestantes pró-Palestina reuniram-se à chuva em Marble Arch, perto do Hyde Park, em Londres, antes de marcharem para a zona onde se concentram as principais instituições do poder britânico.
Agitando bandeiras palestinianas, segundo o relato da agência Associated Press, os participantes apelaram para o fim do bloqueio a Gaza e dos ataques aéreos israelitas lançados na sequência de uma incursão brutal no sul de Israel pelo grupo islamita Hamas, que controla o enclave.
A força da Polícia Metropolitana de Londres afirma ter registado um aumento de 13 vezes dos relatos de crimes antissemitas em outubro, em comparação com o ano passado, enquanto os relatos de crimes antimuçulmanos mais do que duplicaram.
A polícia disse que houve alguns episódios de desordem e também registo de casos de “discurso de ódio” durante os protestos, mas “a maior parte da atividade de protesto decorreu dentro da lei e sem incidentes”.