O ex-governador do Arkansas Asa Hutchinson desistiu hoje da corrida à nomeação presidencial republicana, encerrando uma candidatura que procurava combater a hegemonia de Donald Trump.
A desistência de Hutchinson acontece um dia depois de ter terminado em sexto lugar nas primárias do estado do Iowa, bem atrás de Trump e também atrás de outros dos principais candidatos, como o governador da Florida, Ron DeSantis, e a ex-embaixadora Nikki Haley.
“Dou os parabéns a Donald J. Trump pela sua vitória na noite passada no Iowa e aos outros candidatos que competiram e conquistaram o apoio dos delegados”, disse Hutchinson, em comunicado.
“Hoje suspendo a minha campanha para presidente e volto para o Arkansas. A mensagem de ser um republicano de princípios, com experiência, e de dizer a verdade sobre o atual candidato favorito não teve sucesso no Iowa”, reconheceu o antigo governador.
A diretora de campanha, Alison Williams, disse que, para já, Hutchinson não apoia qualquer outra candidatura.
Durante a campanha, o ex-governador não conseguiu registar mais de um ponto percentual na maioria das sondagens e atraiu apenas escassas multidões, mesmo quando o campo presidencial republicano passou de mais de uma dúzia de candidatos para apenas um punhado.
Um outro concorrente, o empresário de biotecnologia Vivek Ramaswamy, desistiu igualmente da corrida das primárias na noite de segunda-feira, depois de terminar em quarto lugar no Iowa.
Hutchinson tinha permanecido na disputa mesmo depois de desistirem, no ano passado, candidatos mais bem financiados e conhecidos, como o ex-vice-presidente Mike Pence e o senador da Carolina do Sul Tim Scott.
Durante o primeiro debate televisivo, Hutchinson foi vaiado por alguns membros da audiência quando disse que não apoiaria Trump se este fosse condenado em qualquer um dos seus quatro processos criminais.
“Não vou apoiar alguém que foi condenado por um crime grave ou que foi desqualificado pela nossa Constituição”, explicou Hutchinson.