Mais de 50% dos portugueses não se sentem confortáveis a falar sobre finanças pessoais
Valores que se acentuam com as diferenças geracionais: apenas 27% dos baby boomers se sentem confortáveis a falar sobre o tema, frente a 66% da geração Z.
Mais de metade dos portugueses (52%) não se sentem confortáveis a falar sobre finanças pessoais, enquanto 66% da geração Z e 27% dos baby boomers se sentem confortáveis a falar sobre o tema.
Esta é uma das principais conclusões retiradas do mais recente estudo da Klarna, plataforma de compras e pagamentos a nível global, que analisou “os principais hábitos de consumidores de 18 países, incluindo Portugal, no que toca à gestão das finanças pessoais no dia-a-dia”.
De acordo com os resultados do Money Management Pulse, referentes ao 2.º trimestre, “falar sobre dinheiro pode ser considerado um tema tabu para muitas pessoas”.
Ainda assim, “existe um elevado interesse no tema das finanças pessoais, o que poderá estar relacionado com a actual instabilidade económica vivida à escala global”, pode-se ler no comunicado enviado ao NOVO.
O estudo aponta que 79% dos portugueses têm um elevado interesse no tema, ultrapassando a média global de inquiridos (70%), ficando apenas atrás dos inquiridos na Grécia (85%).
O relatório mostra ainda que, em muitos países, os homens expressam maior interesse em finanças pessoais do que as mulheres, com uma diferença mais acentuada na Suécia. Do outro lado da balança, as mulheres expressam um interesse maior do que os homens na Noruega, Portugal e Grécia.
No que à situação financeira de Portugal diz respeito, 44% dos inquiridos acreditam que será melhor daqui a um ano, enquanto 19% pensam o contrário. Apesar da actual situação económica, 88% da Gen Z e 89% dos millennials revelam que poupam dinheiro.
Dinheiro é a forma de pagamento (cada vez) menos preferencial
À semelhança do trimestre anterior, apenas dois dos 18 países inquiridos preferem o dinheiro como forma de pagamento. Cerca de 48% dos inquiridos da Gen Z estão já a fazer os seus pagamentos através de dispositivos móveis.
Ao comparar os dados dos dois trimestres deste ano, em Portugal, verificou-se um crescimento na preferência de pagamento através do telemóvel (de 25% no 1.º trimestre para 31% no 2.º trimestre), com o pagamento através de cartões físicos a cair (de 53% no 1.º trimestre para 47% no 2.º trimestre).