Mais autocarros e novos percursos: Carris vai reformular rede de transportes em Lisboa
A vice-presidente da Carris, Maria Albuquerque, adiantou que esta reformulação surge como uma resposta à futura linha circular do Metro de Lisboa e ao aumento do número de passageiros. Está previsto um investimento de cerca de 170 milhões de euros.
A Carris vai reformular a rede de transportes em Lisboa, com mais autocarros e novos percursos, face às mudanças no metro da cidade. Em declarações à TSF, a vice-presidente da empresa, Maria Albuquerque, adiantou esta terça-feira que a reformulação da rede da Carris surge como uma resposta à futura linha circular do Metro de Lisboa e ao aumento do número de passageiros, estando previsto um investimento de cerca de 170 milhões de euros.
“Estamos a ter um aumento muito relevante e, para isso, vamos reforçar com mais autocarros e eléctricos na rua, com um investimento de cerca de 170 milhões de euros, com autocarros mais modernos, mais limpos, e com os novos eléctricos a circular na linha marginal, na zona 15, e que servem, por exemplo, a zona do Cais do Sodré, onde vamos ter uma grande carga”, avançou Maria Albuquerque.
A reformulação da rede da Carris vai começar a ser estudada este ano, até porque, segundo a empresa de transportes, o número de passageiros não pára de aumentar.
“Os estudos e as simulações que se fizeram no âmbito da expansão da rede do metro demonstram que vai haver ainda mais passageiros e pessoas a circular na interface do Cais do Sodré. Nós, Carris, assim como os outros operadores, temos de nos adaptar a essas alterações. Temos de reforçar a nossa oferta”, acrescentou a vice-presidente da Carris.
No entanto, numa altura em que a Carris Metropolitana passa por grandes mudanças, a transição poderá ser complicada, admitiu Rui Lopo, vogal da administração da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML). Ainda assim, Rui Lopo assegurou que, depois das dificuldades iniciais, o processo está agora mais estável.
“Está em estabilização, é um processo complexo e muito exigente de uma área que precisava de um fortíssimo investimento, quer em recursos humanos, quer em meios materiais. Tínhamos frotas muito antigas na Área Metropolitana de Lisboa. Tudo isto tem um esforço significativo de alteração, porque demora sempre algum tempo a estabilizar”, garantiu o vogal da administração da TML à TSF.