Macron desvaloriza bofetada: foi “acto isolado”

Presidente francês foi agredido esta terça-feira por um homem durante uma visita ao sudeste do país. Duas pessoas foram detidas.

Depois de ter sido agredido esta terça-feira por um homem durante uma visita na região de Drôme, no sudeste de França, o Presidente francês disse que a agressão de que foi vítima “foi um acto isolado” e que é preciso relativizar o acontecido.

“Está tudo bem. É preciso relativizar este incidente, que é, penso eu, um acto isolado. Não quero que isto obscureça os temas importantes de que estamos a tratar e que tocam a vida de tantas pessoas”, disse Emmanuel Macron ao final da tarde.

Na sequência do incidente, duas pessoas foram detidas.

Em vários vídeos que circulam nas redes sociais e que algumas televisões conseguiram registar, o Presidente gaulês parece ser chamado pela população, dirige-se para cumprimentar várias pessoas e um dos populares puxa-o e dá-lhe uma bofetada, sem que os serviços de protecção presidenciais tivessem tido tempo de intervir.

Segundo os meios de comunicação franceses, os dois homens detidos já foram identificados. São naturais da região do Dôme, têm menos de 30 anos e serão próximos do movimento dos coletes amarelos.

O Presidente considerou, no entanto, que a integridade do seu cargo deve ser preservada.

“É preciso respeitar as funções da República e isso é um combate que não vou largar. As funções que assumimos são maiores do que nós próprios e não devem ser objecto de qualquer agressão”, referiu o chefe de Estado, dando conta que muitos autarcas têm também sido vítimas de episódios de agressão.

O Presidente da República recebeu o apoio de vários responsáveis políticos – tanto da esquerda como da direita -, que condenaram esta agressão.

Esta é a segunda paragem do chefe de Estado num périplo a cerca de 10 cidades que vai levar o governante ao encontro dos franceses e a apurar o impacto da pandemia no dia a dia da população.

Com Lusa.