O presidente do PSD defendeu esta segunda-feira que o SNS exige que se faça um pacto para a saúde entre o público, o privado e o social, criticando o governo por excluir os privados desta área, ao mesmo tempo que depois os hospitais os contratam, como é o caso dos tarefeiros, o que o levou a acusar António Costa de “hipocrisia”.

Em entrevista à TVI/CNN, Luís Montenegro disse que o governo devia “aproveitar a capacidade das instituições sociais para suprir as lacunas” no que toca aos médicos de família, afirmando que “em Portugal tem de haver um pacto para a saúde entre público, privado e social”, além dos partidos. Para o líder do PSD, o sistema público de saúde deve “integrar também a possibilidade dos servidores privados e sociais” colaborarem para a oferta pública.

“O SNS está em risco de colapsar e não é por uma situação financeira, mas sim por razões de recursos humanos”, avisou, defendendo também o regresso das PPPs.

Sobre a habitação, Montenegro disse que, “se fosse primeiro-ministro”, não optaria pelo travão às rendas, porque considera uma solução “perversa”, preferindo “por o mercado a funcionar e meter o Estado a ajudar as famílias com mais dificuldades”. Montenegro defendeu que o Estado  devia funcionar com fiador dos jovens no acesso a empréstimos e devia “atuar do lado da procura e não da oferta” de casas. Criticando António Costa por fazer “promessas sobre habitação com descaramento”, o líder do PSD avisou que o problema da habitação em Portugal “é transversal a todo o país” e que a sua aposta seria no “investimento público e no recurso aos privados, diminuindo a burocracia e os impostos para que estes últimos investissem e tivessem rentabilidade. “O Estado devia contar com os privados”, dissse.