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Livre acusa Governo de eleitoralismo no plano para as migrações

“Não acreditamos que o próprio governo confie muito neste projeto e, pelo timing e pelas discussões que tivemos nos debates nestas eleições europeias, parece mais um plano eleitoralista do que para cumprir”, afirmou Francisco Paupério.
4 Junho 2024, 20h32

O cabeça de lista do Livre às eleições europeias acusou esta terça-feira, 4 de junho, o Governo de eleitoralismo, questionando o momento da apresentação do novo plano para as migrações que Francisco Paupério defende que deveria ter sido discutido no parlamento.
“Não acreditamos que o próprio governo confie muito neste projeto e, pelo timing e pelas discussões que tivemos nos debates nestas eleições europeias, parece mais um plano eleitoralista do que para cumprir”, afirmou Francisco Paupério.

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita à associação Amato Lusitano, em Castelo Branco, o cabeça de lista do Livre às eleições de 9 de junho foi questionado sobre o novo plano e sobre a rápida promulgação da alteração da lei de estrangeiros que acaba com o regime de exceção que permitia aos imigrantes regularizarem-se em Portugal, através da figura jurídica de manifestações de interesse.

“O que incomodou foi a maneira eleitoralista como foi lançado”, disse Francisco Paupério, que evitou comentar a decisão do Presidente da República, apontando antes o dedo ao executivo.

“O Presidente fará o que acha que fará sentido neste momento. Não considero que tenha sido uma entrada em campanha, o plano foi apresentado pela Aliança Democrática”, acrescentou o candidato, que recorda que o problema “não apareceu agora” e que o atual governo, bem como o anterior, não teve capacidade de resolver.

Francisco Paupério já tinha criticado a intenção anunciada pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, de apertar as regras de entrada de imigrantes no país e voltou hoje a acusar o executivo de “cooptação do discurso de extrema-direita”.

“Da parte do Livre, o que nós queremos é a humanização destas pessoas”, defendeu.

Por outro lado, o candidato considerou que o novo plano deveria ter passado pela Assembleia da República, “até pela condição deste governo minoritário”.

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