As listas de candidatos do PS às eleições legislativas antecipadas foram aprovadas em Comissão Política Nacional com 84% de votos a favor.

Segundo uma nota enviada pelo PS à comunicação social, o conjunto das listas do PS aos 22 círculos eleitorais “foi aprovado com 84% de votos a favor, 13% de abstenções e 3% de votos contra”, tendo obtido “apenas 3 votos contra num total de 86 votantes”.

“Face ao ano de 2022, o PS apresenta-se a eleições com uma ampla renovação de cabeças-de-lista (cerca de 50%) e preservando a marca da igualdade de género (45%, ou seja dez cabeças-de-lista são mulheres)”, refere a mesma nota.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, será o cabeça-de-lista no círculo de Aveiro. A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, será a número um em Lisboa e Francisco Assis, atual presidente do Conselho Económico e Social (CES), será o primeiro candidato dos socialistas no Porto.

José Luís Carneiro, principal adversário de Pedro Nuno Santos nas diretas, vai encabeçar a lista do PS em Braga, enquanto Daniel Adrião, que também concorreu à liderança do partido, acabou por ficar de fora das listas de candidatos a deputados, depois de ter sido colocado em quinto lugar em Coimbra.

Tensão e desencontros

Pedro Nuno Santos admitiu que “a constituição de listas de candidatos a deputados tem sempre alguma tensão, com entradas e saídas, o que é normal”. Interrogado sobre incidentes, como o caso do médico Álvaro Beleza, que desistiu de ser cabeça-de-lista por Vila Real, Pedro Nuno Santos procurou desdramatizar, dizendo que “há sempre desencontros durante os processos de elaboração das listas, e isso não é relevante”.

“O que é relevante é que temos listas que conseguem conciliar a renovação com a experiência: 50% dos cabeças-de-lista são novos, alguns continuam, alguns são membros do governo”, referiu.

Pedro Nuno Santos apontou depois que o país assistiu à interrupção de uma legislatura em que o PS tinha maioria absoluta no parlamento. E justificou, nesse contexto, a presença de vários membros do governo como cabeças-de-lista em círculos eleitorais.

“Há membros do governo que têm feito um excelente trabalho, que nós queremos que continue. Conciliamos a defesa do legado desta governação com a necessidade de darmos um novo impulso”, sustentou.

“Na pluralidade que é o PS, temos de conseguir fazer listas que traduzam essa pluralidade. E esse esforço está retratado. Nunca houve qualquer intenção de fazer uma rutura com o passado. Queremos honrar toda a história do PS”, concluiu.