A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, afirmou esta sexta-feira em Matosinhos, sobre a nomeação de Sérgio Dias Janeiro para a presidência do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que as razões da saída de Vítor Almeida “não estão claras”.
Na reação ao comunicado do Governo que anuncia nova presidência do INEM, uma semana depois de ter nomeado para o cargo Vítor Almeida, a líder do PAN acusou o executivo liderado por Luís Montenegro de fazer “quase uma política de propaganda, seja nas agendas que apresenta, seja depois nas medidas estruturais e nas reformas que são feitas”.
“Nas nomeações o mesmo tem acontecido. Vimos isso, por exemplo, no SNS em relação à demissão do diretor executivo, agora, com o INEM, pelos vistos o ‘casting’ acabou por não resultar por razões que não estão ainda bem claras em relação à saída de Vítor Almeida”.
Questionada sobre o teor do comunicado de hoje do Ministério da Saúde, que apontou que “nos contactos com a tutela durante a última semana”, o médico anestesista Vitor Almeida “concluiu que não estavam reunidas as condições para assumir a presidência do INEM, por razões profissionais e face ao contexto atual do instituto”, a dirigente prometeu questionar em breve o Governo.
“O PAN vai ter que aguardar para fazer a questão via Assembleia da República ao Governo, e vamos ter já no debate do Estado da Nação. Será uma boa oportunidade para o primeiro-ministro, Luís Montenegro, prestar esclarecimentos porque não podemos andar aqui nem a brincar, nem a fazer experimentalismos na área da saúde, em particular, da emergência e do socorro às populações”.
E prosseguiu: “Aquilo que para nós é sintomático é que continuamos a não ter nem meios, nem condições, nem estabilidade, seja política, em termos de condições, seja da valorização dos diferentes profissionais para que possam trabalhar ainda para mais numa área tão importante como o socorro às vidas humanas, mas também da emergência por parte do INEM”.