Keir Starmer tornou-se hoje oficialmente o novo primeiro-ministro britânico, depois da cerimónia de “beija-mão” ao Rei Carlos III.

O Partido Trabalhista venceu as eleições gerais britânicas, mas Keir Starmer apenas se tornou realmente primeiro-ministro após uma cerimónia cuidadosamente coreografada, durante a qual o rei Carlos III lhe pediu formalmente que forme um novo governo.

Este foi um momento que simboliza que, pelo menos tecnicamente, o direito de governar no Reino Unido ainda deriva da autoridade real, séculos depois de o verdadeiro poder político ter sido transferido para membros eleitos do parlamento.

Horas antes, Rishi Sunak tinha oferecido ao Rei a sua renúncia como primeiro-ministro.

Os eleitores no Reino Unido votaram na quinta-feira numa eleição nacional para escolher os 650 membros que terão assento no Parlamento durante os próximos cinco anos.

Após a reunião com Carlos III, Starmer chegou ao número 10 de Downing Street pela primeira vez como primeiro-ministro do Reino Unido, de carro, ao lado da mulher, Victoria Starmer.

Keir Starmer venceu as eleições de quinta-feira com uma ampla maioria, o que permite ao Partido Trabalhista regressar ao poder após 14 anos na oposição.

Quando faltava atribuir quatro dos 650 lugares, os trabalhistas tinham conseguido 411 deputados, uma margem significativa em relação aos 326 necessários para ter uma maioria no parlamento, segundo resultados provisórios divulgados pela televisão britânica BBC. Os conservadores seguiam com 120 deputados e os liberais democratas com 71.

Relativamente às eleições anteriores, os trabalhistas elegeram até agora mais 210 deputados, os conservadores perderam 249 e os liberais democratas ganharam 63, de acordo com a BBC.