Justiça britânica remete para Governo extradição de Assange para os EUA
Fundador do portal WikiLeaks é acusado pela justiça norte-americana da divulgação de mais de 700 mil documentos confidenciais sobre actividades militares e diplomáticas do país, em particular no Iraque e no Afeganistão. Enfrenta 175 anos de prisão.
A justiça britânica autorizou formalmente a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, para ser julgado por espionagem, mas o Governo britânico terá a última palavra.
Caberá à ministra do Interior, Priti Patel, decidir se confirma ou rejeita a extradição. De acordo com a lei, a ministra só pode exercer a prerrogativa de proibir a extradição em casos específicos abrangidos pela Lei de Extradição de 2003 e sempre de acordo com os acordos com o país requerente, neste caso os EUA.
Caso seja autorizado pelo Tribunal Superior, a Justiça norte-americana ou o fundador do portal WikiLeaks poderão ainda recorrer da decisão de Patel.
A ordem desta quarta-feira do juiz Paul Goldspring, do Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, ocorre depois de o Supremo Tribunal, a última instância, ter recusado no mês passado permissão ao recurso de Assange contra a decisão de um tribunal inferior a favor da extradição.
Assange esteve presente no tribunal por videoconferência da Prisão de Alta Segurança de Belmarsh (Londres) e permanecerá em prisão preventiva.
O australiano de 50 anos é acusado pela justiça norte-americana da divulgação de mais de 700 mil documentos confidenciais sobre actividades militares e diplomáticas do país, em particular no Iraque e no Afeganistão. Enfrenta 175 anos de prisão.