José Manuel Bolieiro já reagiu à vitória da coligação que liderou nas eleições regionais dos Açores, garantindo que vai governar em maioria relativa e desafiou o PS a não alinhar em mais coligações negativas.
“Governarei com uma maioria relativa. E não se trata de uma minoria, uma vitória nunca é uma minoria, é uma maioria de votos e de mandatos”, assegurou o líder do PSD Açores, embora tenha admitido que “preferia maioria estável e maioria absoluta de mandatos”, reconhecendo que “sempre disse que o povo é soberano”.
Bolieiro acrescentou ainda que não irá “esmagar ninguém”, mas sim “governar os Açores” nos próximos quatro anos.
Questionado como se aprovam orçamentos sem maioria no parlamento, respondeu: “Como sempre na democracia europeia e ocidental, desde logo, não se pode colocar as maiorias relativas em crise com coligações negativas na oposição”.
“E, se o fizerem, cada um assume a sua responsabilidade. Foi assim que aconteceu com a rejeição do Plano e Orçamento [para 2024]”, acrescentou.
Para José Manuel Bolieiro, a “coligação negativa para chumbar o orçamento” liderada pelo PS e a “personalização da campanha” contra si contribuíram para o resultado alcançado esta noite, acrescentando que foi “inequívoca a vontade do povo em que continuasse líder do governo regional”.
A coligação PSD/CDS/PPM venceu nos Açores, com 26 deputados eleitos, mas ficou a três deputados da maioria absoluta na Assembleia Legislativa. Seguem-se PS, com 23 deputados, e Chega, com cinco deputados. Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal e PAN conseguem eleger um deputado cada.
De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, a coligação, que governa a região desde 2020, conseguiu 42,08% dos votos e 26 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 57 deputados.