O líder do PSD/Açores e da coligação PSD/CDS/PPM, indigitado esta terça-feira como presidente do XIV Governo Regional dos Açores, comprometeu-se a reforçar o diálogo com os partidos políticos.
“Reforçarei a minha disponibilidade para o diálogo, não apenas a que tive até agora, mas ainda com mais reforço, porque, por um lado, interpreto a legitimidade democrática inequívoca do resultado eleitoral que nos deu a vitória, mas, também, reconhecendo que sem uma maioria absoluta importa garantir um reforço deste diálogo, já com o saber de experiência adquirido”, afirmou.
José Manuel Bolieiro, que lidera o executivo açoriano da coligação PSD/CDS/PPM, desde 2020, falava depois de ser indigitado pelo representante da República para a Região Autónoma dos Açores, Pedro Catarino, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
A coligação PSD/CDS/PPM venceu as eleições regionais, no dia 04, com 43,56% dos votos, mas elegeu 26 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa, precisando de mais três para ter maioria absoluta.
O PS, que elegeu 23 deputados, e o BE, que elegeu um, já anunciaram que votariam contra um Programa do Governo da coligação.
O Chega, que elegeu cinco deputados, fez depender o seu voto do conteúdo do documento e da composição do executivo, e IL e PAN, que elegeram um deputado cada, remeteram a decisão para depois de conhecerem o documento.
Em 2020, o PS venceu as eleições, sem maioria absoluta, mas Pedro Catarino indigitou como presidente do Governo Regional o líder do PSD/Açores, que formou uma coligação pós-eleitoral com o CDS-PP e PPM e assinou acordos de incidência parlamentar com Chega e IL, que lhe garantiam 29 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa dos Açores.
O deputado único da IL e o deputado independente (ex-Chega) rasgaram os acordos em março de 2023 e a proposta de orçamento da região para 2024 foi chumbada, em novembro, com os votos contra de PS, BE e IL e a abstenção de Chega e PAN, o que levou o Presidente da República a convocar eleições antecipadas.